O que são Biópsias da Cavidade Bucal
As biópsias da cavidade oral consistem na remoção de algumas células de regiões lesionadas ou alteradas da boca e das demais estruturas relacionadas. O material recolhido é enviado para laboratório onde será avaliado por um patologista bucal. Esse tipo de exame é importantíssimo, em especial para aqueles casos onde a anamnese e o exame clínico não foram suficientes para fechar diagnóstico, pois a biópsia permite uma avaliação aprofundada da região afetada.
As biópsias da Cavidade Bucal podem ser excisionais, quando se remove toda a lesão ou incisional, quando a lesão é normalmente grande e se retira apenas um pedaço. Toda amostra deve conter uma margem de tecido normal junto, para melhor avaliação comparativa do normal e do anormal. Em seguida o material é colocado em formol e encaminhado ao laboratório para exame histopatologico. Conheça mais sobre e como funciona a seguir.

Como funciona o procedimento
A biópsia basicamente é indicada em todos os casos em que se suspeita de doenças que deixem substrato morfológico característico nos tecidos afetados e é utilizável também para fins de diagnóstico diferencial por exclusão. Sua indicação pode ser feita nos seguintes casos: quando qualquer lesão que persista por mais de duas semanas sem nenhuma base etiológica, quando qualquer lesão inflamatória não responda ao tratamento local depois de 10 a 14 dias (isto é, depois da retirada do irritante local).
Ainda quando haja alterações hiperceratóticas persistentes na superfície dos tecidos, quando haja qualquer tumefação persistente, visível ou palpável sob tecido relativamente normal, quando haja alterações inflamatórias de causa desconhecida que persistam por períodos prolongados, quando existam lesões que interfiram com a função do local (por exemplo, fibroma), quando existam lesões ósseas não identificadas especificamente por meio dos achados clínicos e radiográficos e, finalmente, quando da existência de lesão que apresente características de malignidade.
As biópsias da cavidade bucal podem ser definidas como uma intervenção cirúrgica em que se remove parte da lesão ou toda a lesão, examinando-se suas características histológicas. Na cavidade oral, há quatro tipos principais de biópsia: citologia, biópsia por aspiração, incisional e excisional. O procedimento pode ser realizado de maneiras diferentes, a depender da preferência do profissional responsável diante de cada caso. Na maioria das vezes se opta pela biópsia incisional. Este procedimento pode ser realizado em consultório através de anestesia local. Através de procedimento especifico o cirurgião remove pequenas amostras do conteúdo.
Este tipo de avaliação pode ser realizada ainda através da citologia avaliativa, exame onde faz-se uma leve raspagem sobre as zonas alteradas em busca de remover algumas células e avaliar as modificações sofridas por elas. Além destes, pode-se optar por realizar a biópsia aspirativa por agulha fina. Neste caso, o exame não é realizado diretamente na cavidade oral, e sim em regiões de tumor cervical que possam estar relacionadas a danos orais. O resultado da análise patológica leva de 7 a 14 dias.
Conheça os tipos de Biópsias da Cavidade Bucal
Os exames complementares, como o próprio nome diz, se destinam a auxiliar os profissionais da área de saúde no estabelecimento de um diagnóstico correto, juntamente com a avaliação dos sinais e sintomas do paciente. O diagnóstico clínico de uma lesão é estabelecido em função de uma série de dados obtidos pela anamnese e exame físico. Muitas vezes, quando esse diagnóstico não é conclusivo, a biópsia é indicada para definição do caso pelo exame histopatológico. Conheça os tipos de biópsias da cavidade bucal:
Biópsia aspirativa por agulha fina
Na biópsia aspirativa por agulha fina, o cirurgião dentista utiliza uma agulha muito fina, para aspirar algumas células do tumor, que são posteriormente enviadas para análise. Essa técnica não é utilizada em áreas suspeitas da boca ou da garganta, mas às vezes é necessária quando um paciente, por exemplo, tem uma massa cervical que pode ser sentida na palpação ou visualizada na tomografia computadorizada. Esse procedimento pode ser útil em diversas situações, como, por exemplo, diagnosticar a causa de uma massa cervical, determinar a extensão e comprometimento da doença, e, avaliar uma recidiva.
Biopsia excisional
Na biópsia excisional ocorre a remoção total da lesão e depende do tamanho, localização e inserção da lesão. Geralmente realizado em lesões pequenas de até 2 cm localizada na mucosa jugal e gengiva, palato e língua.
Biopsia incisional
Esse é o tipo mais comum de biópsia para a região da boca ou garganta. Essa biópsia pode ser realizada em consultório médico ou no centro cirúrgico, dependendo do procedimento. Quando o procedimento é realizado no consultório, a área ao redor do local é anestesiada. O cirurgião utiliza instrumentos especiais para remover pequenas amostras do tecido. Ocorre a remoção parcial da lesão. Geralmente em lesões com mais de 2 cm e com difícil localização como no palato mole e assoalho bucal.
Citologia esfoliativa
Nessa técnica, o cirurgião dentista raspa a superfície de uma área suspeita e coloca sob uma lâmina de vidro o tecido coletado. A amostra é marcada com um corante de modo que as células cancerígenas possam ser visualizadas ao microscópio. Se qualquer uma das células aparecer anormal, a região será biopsiada. A vantagem dessa técnica é que é fácil, e cada área com aparência ligeiramente anormal pode ser avaliada. Às vezes não é possível ver a diferença entre células cancerígenas e células anormais, ou seja, que não são câncer são denominadas células displásicas, nesse caso a biópsia deve ser realizada.